A Ruína

Giovanni Antonio Andreoni, padre jesuíta, de origem italiana,  que viveu  de 1649 até 1716, a maior parte deste período na Bahia, onde ocupava posição destacada na organização das missões jesuítas no estado e no país, escreveu sob o pseudônimo de André João Antonil o livro chamado de  "Cultura e Opulência do Brasil", nele descreve com enormes detalhes as riquezas então existentes no período colonial, entre elas a descoberta do ouro e a consequente colonização dos locais, como sabemos o atual município de Queimadas era local de repouso e importante "entrocamento" de tropas nas passagens para Jacobina e Juazeiro. Percebe-se que neste período, por volta de 1720 houve uma tentativa jesuíta de estabelecer uma missão em Queimadas com a consequente construção de um templo que serviria para a catequização de indígenas e os cultos católicos. Clique Aqui e acesse mais conteúdo sobre este momento da historia dos jesuítas.

Ruínas em Queimadas, possível construção jesuíta.

Os historiadores que falam da época são unanimes em reconhecer o crescimento dos jesuítas, e com ele também o crescimento das disputas pelas terras com os colonos que co-habitavam as mesmas regiões. Em Queimadas um destes conflitos culminou com a expulsão dos jesuítas do lugar, o que desvalorizou seus trabalhos e abandonou de sua construção, os jesuítas seguiram seu caminho de discórdias até serem expulsos de todos os territórios portugueses em 1759 pelo Marques de Pombal.  Em queimadas  deixaram para traz estas ruínas que foram abandonadas de vez, mesmo com a construção feita a base de pedras o tempo foi destruindo-a e com as grandes enchentes que aconteceram no final de 1910 e inicio de 1911 acabaram por levar mais partes do que hoje se pode chamar de monumento jesuíta perdido em Queimadas.

O local onde fica é uma propriedade particular e  o poder público ainda não despertou para o tamanho do valor cultural do monumento.


De vários ângulos a ruína que resiste a séculos de abandono e sobre a qual a cidade quase não sabe sua verdadeira historia.  

Outras Ruínas Jesuítas pelo Brasil


Está ruína fica em Aquiraz, que foi a primeira Capital do Ceará também é de construção jesuíta veja o que escreveu sobre ela Jacqueline Aragão, estudiosa sobre o período colonial brasileiro.

"Os jesuítas que permaneceram por 32 anos (1727-1759), fundaram no local, hoje chamado "sitio colégio", o famoso "Hospício dos Jesuítas". Hospício, no linguajar da época, significava "posto de hospedagem", era lá aonde os padres missionários vinham recuperar suas forças para depois prosseguirem com sua missão de catequizar os indígenas.
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Esta fica em São Matheus -ES construção aproximada do mesmo período não foi completamente construída. Leticia Vieira do Blog "é logo Ali " escreveu:

A Igreja Velha é um cartão-postal conhecido em São Mateus. Hoje as ruínas estão ali, no centro da cidade (parte alta) para lembrar a história desta construção do século XIX que foi projetada, a mando dos jesuítas, para ser a maior Igreja da cidade. A obra, que começou a ser construída por escravos negros, nunca foi concluída




Igreja de Pedra- Esta construção fica em Vigia de Nazaré- PA. O seu formato lembra muito as ruínas de Queimadas. veja o que o autor escreveu sobre ela: Construção dos jesuítas, datada do século XVIII (1739), a Capela do Senhor dos Passos é conhecida como Igreja de Pedras. Construída, em frente ao rio Guajará-mirim, para atender aos fiéis que estavam povoando o outro extremo da cidade, incluindo o bairro do Arapiranga, pois desejavam deixar a Igreja Madre de Deus para o atendimento do Colégio da Mãe de Deus.
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